1. |
Fuga ao mar
02:50
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2. |
Cercado
05:13
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Nem sol ou frio, nem mar ou céu
Há terra vista aonde eu
Possa me esconder por um tempo
Até que o sentimento venha o vento me trazer
Lembrar você
Seguir teus passos sem perceber
Eu não vou falar com meus amigos ou com meus pais
Até porque fica difícil não ver
Eu sem você não dá pra ser
Não sei até quando vai dar pra esperar
Se o espaço na minha cabeça é pequeno pra nós dois
Deixa eu ver teu olhar
Deixa ser a minha boca
Fortaleza da tua paixão
Não tenho ideia do que me faz
Perder o tempo, olhar pra trás
Só sei que quando a noite pede por um par
Teu nome invade minha mente
Fica por lá sempre a rodar
Se eu sonho contigo não quero acordar
E talvez agora que eu sinto o que tu sentiu
A conta esteja paga
Não me fez bem te machucar
Não sei até quando vai dar pra esperar
Que um dia aconteça da gente se encontrar
E fazer tudo outra vez
E ser de novo a tua boca
Fortaleza da minha paixão
Cercado
Correndo
Atrás
De uma razão
Ilhado
Contigo
Em doce
Ilusão
Seguindo
Em frente
A ponte
Sobre os rios
São paralelos
São destinos
Sem ponto
De união
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3. |
Ponte
05:41
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São cantos escuros, mas eu gosto
É uma sala fechada com cheiro de praia
São bocas pequenas, caladas
São cores e luzes pra compensar
Uma cara fechada
É uma vida inteira pra se entender
Um ponto distante
Estrela, farol, parece até você
A cabeça é grande
A boca tropeça nas palavras
É tanta intenção, novidade
Mas no dia a dia fica tudo pra lá
Fico esperando de ti
Ago bem maior que promessas
Bem maior que o medo
De tudo virar do avesso
Acordar de manhã
Vai que o dia é melhor que o sonho
Nem sempre vai ser
Mas a cara e o tapa eu ja conheço bem
Buscando
Tentando a sorte também
Falando bem menos
Vai procurar si mesmo
Aí dentro fica tudo melhor
Depois
Tem louco pra tudo, até pra te amar
Fico esperando de ti
Ago bem maior que promessas
Bem maior que o medo
De tudo virar do avesso
Acordar de manhã
Vai que o dia é melhor que o sonho
Nem sempre vai ser
Mas a cara e o tapa eu ja conheço bem
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4. |
Objetos perdidos
04:00
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Ruídos aviões no ar
Distantes nuvens pelo céu
A tua rua eu caminhei
Olhei os números em vão
Não te procurarei
Por muito tempo me prendi
Ao lado bom de ser teu rei
Eu era
Só parte de uma coleção
Eu me encontrei perdido no bolso do teu calção
Me ter nas frestas do lençol
Nas dobras do espelho do teu carro
No canto de uma mesa circular
Brilhando como um sol
Um sol particular
Te vejo desequilibrar
Um pássaro no alto do teu prédio
Foi onde primeiro te vi
Não vou ficar a tempo de te ver tocar o chão
Perdendo até encontrar
Os passos que há tempo não se fazem
Pra longe de quando me vi perdido
Amassado na palma da tua mão
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5. |
Via expressa
02:13
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Joguem meus restos
Na via expressa
Nos trevos, no vento
Na sombra dos prédios da beira-mar
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6. |
O sol e o pássaro
02:30
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De volta ao meu lugar e de lá não mais saía
Pela gaiola do mundo ver um lago de agonia
Na poeira a pairar um raio morno enfraquecido
Mas os cantos prometiam um sol ardendo ao meio dia
Pela neblina eu vi, foi uma aurora enevoada
Mas os cantos prometiam “o sol racha na cerração baixa”
Pousei no raio da manhã à distância sugerida
Mas é o calor de te olhar que esquenta o frio do meu pensar
Um livre descansar
Você nas nuvens e eu no chapéu
Livre navegar
Você beija o mar e eu risco o céu
Na noite confiar
Fechada e por vezes fria
Pra tua aurora refletir meu rosto úmido
De alegria
Pelos cantos sigo a ouvir
Que um dia você vai morrer
Expandir, engolir, recuar
Esmaecer
Se você me engolir
Burn my wings and I’ll kiss my sorrow
Se você morrer
Spread my wings and burn for tomorrow
Spread my wings and burn for tomorrow
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7. |
Morro da Coroa
04:02
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De pé espero o sol queimar
A raiz do cabelo
Uma linha atravessa o olhar
Do nosso entardecer
Os olhos refletir
Horizonte turvo
Azul e os tons do céu
No teu castanho escuro
Pensando em coisas pra falar
Sem escolher muito bem
Sentir os fios enrolar
Ninguém precisa mais de nada
Por aqui
Nem de mim
Pensamentos quando vou dormir
Sempre vêm
No alto do morro não vejo mais ninguém
Sinais de fumaça
Vapor de dois corpos frios
Tua estrela sinalizadora
O céu engoliu
Trouxemos vinho
Manchando os dedos
A noite se avermelhar
Mas a lua é branca como um véu
Por aqui nem você
Que aparece quando vou dormir
Sempre vem
Mas aqui você pula em direção ao céu
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8. |
Lua sangrenta
02:08
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Corpo nu, carne crua
Vento sul, sangra a lua
Corpo nu, carne crua
Vento sul
Sangra, sangra, sangra, sangra, ei
Quando falo disso, isso que acontece é mais do que parece
Não me apresse, leia um livro, não me livro por mais que eu quisesse, ei
Não sou rei de nada, mas do nada a gente sobe na Coroa
Dividindo breja, olhando pra cima, a gente se beija, é a noite foi boa
Encontro de carne com carne cê canta pra mim ilumina até o céu
Encontro de arte com arte eu digo pra ti que vim pra ser só seu
E aquela lua cor de sangue pinga o mangue da beira-mar
Sem derramar uma gota de vinho eu viro a taça pra declamar
Vim te amar, mais do que todos e menos do que você esperava
O campo é largo, mas é beber do teu sorriso que no fim me inspirava
Meu ex pirava ao ver que minha pele vermelha combinava com teu toque
É tipo um toc, toque mais um pouco até que a gente chegue na lua
Corpo nu, carne crua
Vento sul, sangra a lua
Corpo nu, carne crua
Sangra, sangra, sangra, sangra, ei
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9. |
No quarto ao lado
03:39
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No quarto ao lado o sol nascia
Pra depois sumir nos morros
No quarto ao lado só se via
Linhas tortas dos tijolos
No quarto ao lado bem trancado
Acordava pra depois
Vigiar, perguntar
E dormir de novo
Na memória só vivia
Traços finos do real
E num sonho perigoso mergulhar
E quase não voltar
Vem pairando na poeira do raio morno e fraco
No esforço de tão pouco existir
E as cores do poente a refletir
Entregue a tarde só abria
Pra entrar o novo ar da estação
Eis que um dia ela reapareceu
E nunca mais sumiu no breu
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10. |
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Fique e passe a noite aqui
Não me deixa confundir
A noite com o nosso fim
Vira a lua
Vem pra rua
Fica sem querer sumir
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Vinícius Galant SC, Brazil
Cantor e compositor de Florianópolis, Brasil.
Singer-sonwriter from Florianópolis,
Brazil.
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vinigdr1@gmail.com
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